Eu sempre desejei ser mãe. Desde pequena quando me perguntavam o que queria ser quando crescesse, a resposta era - bailarina e mãe, depois professora e mãe, mudei muitas vezes de profissão, mas mãe não. Rsrsrs...
Quando comecei a namorar o meu marido, falei para ele que queria ter dois filhos, se tivesse uma menina , adotaria um menino, e se tivesse um menino adotaria uma menina. Me casei muito cedo, com dezesseis anos, e por mim já engravidaria, mas decidimos esperar 1 ano e fizemos assim.
O tempo passou, duas gravidez interrompidas, muito sofrimento, depressão, e todas as vezes que procurava um ginecologista novo, sempre ouvia a mesma coisa: você nunca será mãe. Palavras duras de ouvir, ainda mais pra mim, que sempre sonhei com esse momento. Durante esse período pensei em desistir de viver, desistir do meu sonho, separar-me até, para que meu marido conseguisse alguém para lhe dar esse filho. Mas em todos os momentos ele esteve comigo, me apoiando e falando que não era necessário ter filhos para sermos totalmente felizes, mesmo sendo o sonho dele também.
Quando conversávamos sobre adoção, ele pedia para eu esperar, que o bebê viria ao nosso encontro. É claro que era motivo de brigas e eu dizia que um bebê não iria aparecer em nossa porta como nos filmes.
Depois de 12 anos de casados, o milagre aconteceu. Uma pessoa nos falou sobre uma jovem que queria doar o seus bebê, ela estava com 6 meses de gestação e era um menino. Nossa, ainda choro quando me lembro de quando meu esposo me contou! Sim, foi ele que recebeu a noticia primeiro e me contava rindo "Viu? Ele veio até nós!"
Começou ali uma gestação rápida para mim. Enxoval, móveis, reforma do quarto e também as incertezas... "Será? Será que ela não mudará de ideia? Será que vai nascer bem e perfeito? Será? será?"
Procuramos o conselho tutelar e verificamos todo o processo que precisávamos passar. E no dia 05 de junho de 2006, às 4:25 da manhã, meu filho nasceu! Acompanhei o parto e fui a primeira pessoa a pegar no colo, após o médico. Nem consigo descrever a emoção que senti!
Foi um ano de adaptações e espera da documentação, foi um tempo mágico, mas ao mesmo tempo difícil. Às vezes não sabia o que fazer com aquele bebê tão pequenininho. Tentei produzir leite para amamentar, mas o período foi curto e não produzi o suficiente, como os bebês se acalmam no colo da mãe, até por causa do cheiro de leite, as primeiras duas semanas foram bem complicadas, mas uma noite quando as cólicas começaram e ele se acalmou no meu colo, eu chorei! Rsrsrs... Aliás, tudo que ele faz ou diz me faz chorar até hoje! Rsrsrs...
As vezes esqueço como ele chegou aqui, que não foi uma gravidez normal, pois foi gerado no meu coração. Como digo "não nasceu de mim, mas nasceu para mim com certeza".
Cássia Rodrigues com seu filho Natan
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Quer mandar seu relato pra gente? Envie para diariodematernidade@hotmail.com com o título Relatos da Maternidade. Ah, não se preocupe, caso queira manter sua identidade em sigilo, é só comunicar no e-mail e não divulgaremos. O importante aqui é nos ajudar e apoiar sempre!
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Linda história,mãe amor incondicional ❤❤
ResponderExcluirMe emocionei aqui, quando Deus faz, Ele faz perfeito! Lindo relato!!!
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